Jubileu 2025 – Peregrinos da Esperança

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Diácono Márcio José Ribeiro – Diretor da Caritas Arquidiocesana de São Paulo

A celebração do Natal, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, marcou o início do Jubileu Ordinário de 2025, Ano da Esperança, sob o lema “Peregrinos da Esperança”.

Em sua carta convite para celebrar o Jubileu, Spes non confundit (“A esperança não decepciona”, Rom 5,5), o Papa Francisco nos lembra que “a esperança deve ser concedida aos milhares de milhões de pessoas pobres que muitas vezes carecem do essencial para viver” e que “os bens da Terra não se destinam a uns poucos privilegiados, mas a todos”.

Jubileu da esperança 2025

O Jubileu é uma celebração solene e um tempo de graça especial na Igreja Católica, marcada por ritos e cerimônias que convidam os fiéis à conversão e à renovação espiritual. Tradicionalmente, o Jubileu ocorre a cada 25 anos, sendo designado como Jubileu Ordinário.

No entanto, o Papa pode proclamar um Jubileu Extraordinário em ocasiões especiais. Os fiéis são incentivados a participar de peregrinações, confissões, e outras práticas de piedade e caridade.

Os Jubileus são tempos de reconciliação, perdão e renovação. Buscam inspirar os fiéis a refletirem sobre a misericórdia de Deus e a se comprometerem com a justiça, paz e solidariedade.

RESTAURAR A DIGNIDADE E A ESPERANÇA

Inspirada pelo profundo apelo à justiça, a Caritas Internationalis, ao lado de organizações religiosas e da sociedade civil, lançou a campanha “Transformar a dívida em esperança” (para mais informações, acesse o link https://www.caritas.org/…/caritas-internationalis…/), uma iniciativa transformadora destinada a enfrentar a crise da dívida que ameaça milhões de pessoas em todo o mundo. Juntos, apelamos aos governantes e legisladores decisores para que priorizem as pessoas e o planeta em detrimento do mero lucro.

Dívidas públicas insustentáveis e injustas tiram das nações os recursos necessários para investir em saúde, educação, na ação climática e no futuro da juventude, prendendo gerações inteiras em ciclos de pobreza e desigualdade. Isso nos obriga a exigir justiça para as comunidades esmagadas por dívidas injustas e impagáveis.

Como escreve o Santo Padre, “se queremos verdadeiramente preparar o caminho da paz no mundo, esforcemo-nos por remediar as causas que dão origem à injustiça, cancelemos as dívidas injustas e não pagas” (Spes non confundit, 16).